N.º de inventário: 8892.
Comp. 50,5 cm; Larg: 22,3 cm; alt: 23,5 cm.
Desta vez, mais do que a uma peça, damos também relevo a um sítio.
Pelas nossas aldeias, à beira do ribeiro que por ali passava, aproveitavam-se os penedos existentes ou ali se colocavam maiores ou menores pedras móveis para servirem de lavadoiros comunitários.
Toda a aldeia por ali passava. Marcava-se a vez com a joelheira, peça de madeira construída por carpinteiro ou qualquer outro homem com algum jeito para a carpintaria.
Assim, protegendo os joelhos da agressão das rugosidades das pedras, a lavadeira aguentava horas e horas debruçada sobre a pedra e a água, ensaboando, esfregando (na pedra ou à mão), batendo, torcendo, enxaguando, corando, se necessário. Trabalho duro, pela longa posição enrodilhada do corpo. Durante o inverno, então, o sacrifício revelava-se notável. A água gelada, o vento e o frio da época furavam as roupas escassas incluindo o velho xaile traçado sobre o peito quando existia, engatinhava as mãos, levava a especial limite de dificuldade aquele trabalho corriqueiro. Aqui o recordamos com respeito.