Nº de inventário: 3067;
comprimento: 5,1 cm;
largura: 3,6 cm;
altura: 1,1 cm
Fabricada em 1912, em Inglaterra, a fosforeira de prata que constitui a peça deste mês lembra-nos a grande descoberta que foi a do fósforo que levou à construção dos palitos de fósforo, forma fácil de fazer fogo, em contraste com as dificuldades existentes até então.
De longa data, os alquimistas lutaram pela descoberta do ouro em laboratório. Os esforços do alemão Henning Brand, em 1669, porém, traduziram-se não na descoberta do tão desejado metal, mas na do fósforo que havia de propiciar a fabricação dos chamados palitos de fósforo, já em pleno século XIX.
Estes primeiros fósforos, no entanto, transportavam consigo o perigo de se incendiarem facilmente dentro da caixa, dada a existência de fósforo na sua cabeça pelo que exigiam particulares cuidados de manuseamento. Trabalhos posteriores levaram à descoberta do “fósforo vermelho”, sem fósforo, sendo este colocado na lixa situada na parte exterior da caixa, criando-se assim fósforos de segurança.
As fosforeiras – de baquelite, de latão cromado e até de prata existentes no nosso museu – eram caixas próprias para guardar e transportar os fósforos, quer tivessem o pé de madeira, de papel ou de linha. O possuidor, de gosto e posses elevadas, exibia-a com elegância e usava-a “riscando” a cabeça do fósforo na aspereza situada no fundo exterior da própria fosforeira. É que os fósforos desse tempo, pelo seu composto químico, acendiam nas asperezas de metal, de pedra ou de vidro moído.