N.º de inventário: 2014.
Larg: 12 cm; alt: 16 cm.
No tempo em que as máquinas de lavar ainda não haviam conquistado o seu lugar, todo o trabalho de limpeza da roupa era feito à mão, no rio, no ribeiro, no tanque, na celha, no alguidar de esmalte.
A gente mais rica dos nossos meios rurais, na generalidade, dispunha de meios (tanques de pedra, mais tarde de tijolo e cimento ou de celhas de madeira semelhantes a pequenas dornas complementadas com uma tábua larga onde o carpinteiro fizera sulcos macios para se esfregar a roupa) e do pessoal necessário para a prestação destes serviços. Os outros iam ao ribeiro onde qualquer pedra, fixa ou móvel, servia de lavadoiro. A joelheira – que também servia para lavar a casa – resolvia o problema de ajoelhar na rugosidade das pedras.
Nos meios urbanos, porém, as coisas passavam-se de forma diferente. As senhoras mandavam a roupa da família para a lavadeira, sendo obrigatório fazer o rol por onde se havia de conferir a roupa a entregar mais adiante. Todavia, algumas senhoras pouco sabiam ler e menos escrever. Por isso, o mercado lhes pôs à disposição este belíssimo exemplar de almofadinha de seda onde já vinham escritos os nomes das diversas peças da roupa branca e os números, de 1 a 12, onde um simples alfinete espetado registava a quantidade de peças entregues à lavadeira. Um requinte.