Nº de inventário: 8964;
comprimento: 8,8 cm
A agulha de coser tem uma longa existência, desde o tempo em que se usavam as espinhas ou pequenos ossos. Assim se foram cosendo, durante séculos, as peles dos animais para as ajeitar ao corpo humano.
O grande progresso surgiu na Idade Média com o fabrico da agulha de ferro, capaz de receber facilmente a linha num dos extremos e de, com o outro, devidamente afiado, furar com ligeireza as peles e os diversos tipos de tecido com que se confecionavam as vestimentas.
Com a invenção do aço e com o seu progressivo aperfeiçoamento criaram-se agulhas cada vez mais pequenas, mais eficientes e mais fáceis de manejar.
Consequentemente, cada vez se tornou mais difícil enfiar-lhes a linha, dada a pequenez do respetivo orifício, sobretudo por costureiras com deficiências de visão ou dificuldades musculares manuais.
A indústria, sempre atenta à possibilidade de negócio, criou então pequenos instrumentos capazes de ajudar na tarefa de enfiar a agulha que o comércio se encarregou de espalhar pelo mundo inteiro.
Uns mais fáceis de manejar do que outros, alguns mais eficientes, outros mais aparatosos e outros mais sofisticados e até com cara de tudo menos de enfiador de agulhas, mas todos concebidos para o mesmo fim – levar a linha de coser a entrar no fundo da agulha.
A peça que hoje vos trazemos é uma elegante pistola a que não falta cano nem gatilho a qual, depois de adequadamente “armada”, no tempo de um tiro, ainda hoje pode cumprir a sua obrigação.