Nº de inventário: 2234;
comprimento: 31 cm;
largura: 5 cm
A descoberta da escrita, há cerca de 7500 anos é uma marca importante na história do mundo, pois separa o período da pré-história do da história, permitindo assim o registo dos acontecimentos mais importantes da vida do homem.
Escreveu-se nos mais diversos materiais: o barro, a pedra, o papiro, mais tarde o pergaminho, pele adelgaçada de bovino ou de outro animal. Foi assim possível caminhar desde as placas de barro até às folhas que permitiram, cosendo-as, chegar aos livros.
E o material de escrita também foi evoluindo através dos tempos, desde o estilete metálico até à pena de aves, mais tarde ao aparo de aço.
Hoje trazemos como peça do mês a pena de pato e o respetivo tinteiro.
Durante a Idade Média a tinta preta, feita de cinza de carvão a que se adicionava goma para lhe conceder fluidez e alguma consistência, era o material corrente para se escrever. Os bugalhos do carvalho queimados também serviram, nessa época, para o fabrico da tinta. E outras hipóteses havia certamente.
A pena, afiada adequadamente no câlamo, a parte transparente que fica dentro da pele, permitia escrita mais fina ou mais larga segundo o gosto ou o jeito do escriba. E afiá-la mais do que uma vez era procedimento corrente.
Às penas, o escriba, normalmente, retirava as barbas para mais facilmente as empunhar, segurando na raque, a continuação do câlamo. Nós não tivemos a coragem de o fazer quando nos chegou ao museu esta pena e respetivo tinteiro.