Nº de inventário: 5131
Diâmetro: 6,82 cm
Altura: 13,5 cm
"Deus disse: faça-se luz. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz dia e às trevas noite."
Viver à luz deste dia era bom, mas nas trevas da noite era mau. Foi preciso esperar milénios pela descoberta do fogo para que pudéssemos contar com a iluminação artificial. Uma acha, uns gravetos, umas "pinhas" foram as primeiras "lanternas". As resinas, a gordura dos animais, os óleos vegetais ajudaram a criar as tochas, as velas e as lucernas, logo que o trabalho do barro o permitiu.
E o homem nunca mais parou. De descoberta em descoberta foi progredindo cada vez mais na sua capacidade de melhor se iluminar. Entre nós, ainda estão na lembrança dos mais velhos as diversificadas candeias de azeite, os candeeiros e lampiões de petróleo, os gasómetros de carboneto, os petromaxes de gente rica ou dos pescadores, as velas de cera ou estearina. Tudo isto antes da descoberta "milagrosa" eletricidade vinda do tempo do grego Tales de Mileto até que em 1875 se instalou na gare du nort, em Paris, um gerador capaz de produzir eletricidade para iluminar esta enorme estação de caminho de ferro francês.
O candeeiro que hoje vos trazemos funciona a creosende (designação popular do petróleo de iluminação) e era uma peça de gente abastada. Arredondado e pesado nas sua parte inferior, dava garantias de se manter sempre em pé, mesmo em circunstâncias de qualquer pequeno acidente. O seu tamanho, o feitio arredondado ao jeito da mão humana e a pequena e eficiente chaminé permitiam e aconselhavam a sua utilização em movimento pela casa não iluminada.