Nº de inventário: 4260;
altura: 29 cm;
diâmetro: 19 cm
No tempo em que a eletricidade e o seu uso eram coisas raras ou mesmo inexistentes, as pessoas serviam-se das formas tradicionais para resolver os seus problemas específicos.
Neste caso, falamos da necessidade de manter quente o chá ou o caldinho dos doentes, para tomas em momento próprio, nos tempos em que não havia dispositivos para aquecimento rápido. As pessoas mais abastadas, ao contrário dos pobres, dispunham da lamparina de álcool que mantinham acesa durante o tempo necessário. E algumas de maiores posses e de gosto requintado puderam também utilizar, a partir de 1881, esta “complexa” lamparina fabricada pela fábrica da Vista Alegre, a avaliar pelas caraterísticas da marca inserida no fundo, utilizada entre esta data e 1921.
Trata-se de uma bela peça branca constituída por 3 elementos: um corpo em forma de castelo, um bule a colocar no alto da torre e uma lamparina no seu interior. Uma outra caraterística que a torna ainda mais agradável é o facto de as portas e janelas do castelo serem feitas de uma pasta translúcida que permite a passagem da luz da lamparina acesa, lembrando assim uma torre de castelo iluminada a partir do seu interior. Podemos dizer que, ao mesmo tempo que aquecia a bebida, também iluminava tenuemente o quarto do doente.