Nº de inventário: 7209;
altura 27cm;
diâmetro 11,5cm
O vinho de que Portugal foi, desde há séculos, um grande produtor, marcou um lugar muito importante na mesa e na vida dos portugueses. Começava-se a beber desde muito cedo; aos bebés chegava a dar-se uma colher de vinho “para enrijar” ou um rolho de pano com açúcar, tantas vezes molhado em vinho. Nos trabalhos agrícolas fazia parte do pagamento da jorna uma certa quantidade de água-pé por dia. E não havia refeição sem vinho ou sem água-pé, a bebida dos pobres. Em algumas aldeias comunitárias do nosso país, as multas aplicadas pelo juiz da terra aos infratores eram quase sempre constituídas por almudes ou cântaros de vinho de que o juiz arrecadava uma boa parte, quando não a totalidade.
O povo servia-se de cabaças e cântaras de barro amarelo, negro ou vidrado para servir o vinho no copo de lata.
Nas casas mais ricas o vinho era tratado com outros requintes: em copos de vidro ou de cristal, servido com jarras especiais, por norma de vidro colorido, sempre com uma tampa metálica, às vezes também com gargalo do mesmo material.
A peça deste mês, dos princípios do século XX, é de vidro verde pintado à mão, o que a torna uma peça de particular beleza. Foi recolhida na cidade de Viseu.