Nº de inventário: 8945;
altura 83,5cm;
largura 34cm (nas pegas);
diâmetro 12,3cm (depósito)
Em 1853 apareceu nas vinhas do Colorado (EUA) uma grave doença que atacava as raízes das videiras, as enfraquecia primeiro e as matava a seguir.
Graças à maior rapidez das viagens transatlânticas proporcionadas pelos barcos a vapor, as plantas de lá importadas pela Europa transportaram consigo ainda vivos, os insetos que aqui se haviam de multiplicar e difundir a doença da filoxera – assim se chamava o inseto.
O primeiro país europeu a sofrer com aquela terrível doença foi a França, por volta de 1860. Daqui, passando por Espanha, chegou a Portugal um pouco mais tarde, encontrando-se definitivamente instalada no Douro, a partir do concelho de Sabrosa, onde produziu enormes estragos. Milhares e milhares de cepas morreram para desespero dos agricultores e da viticultura nacional. Em 1880 estava difundida por todo o país.
Os ovos da filoxera davam origem a pequenas larvas que desciam até às raízes, das quais se alimentavam.
Fizeram-se várias tentativas para sobrevivência dos vinhedos, mas com poucos resultados.
Em 1893, o francês Victor Vermorel fundou uma fábrica que produzia, entre outros maquinismos, pulverizadores para tratamentos das plantas. E como era preciso matar a filoxera instalada nas raízes das videiras e se sabia que o sulfureto de carbono podia desempenhar esse papel, criou um aparelho capaz de injetar este líquido na terra, junto de cada videira.
Criou, assim, o chamado injetor de Vermorel que custava 55 francos franceses ao sair da fábrica.
Os quatro exemplares que guardamos no museu desempenharam o seu papel em vinhas de Silgueiros, a partir da última década do século XIX.