Nº de inventário: 3534
Comprimento: 48 cm
Largura: 19,5 cm
Altura: 36 cm
Logo que a mulher ficava grávida, a sabedoria popular, a crença e a tradição impunham sérios comportamentos e decisões.
A mulher grávida não podia continuar a dependurar a chave de casa na fita do avental, porque a criança poderia nascer com o desenho da chave marcado na cara.
Também não podia cheirar flores, porque o filho poderia nascer com elas marcadas no corpo.
A mulher grávida que passasse por debaixo do pálio, numa procissão, teria um parto fácil.
Na hora do parto, para o apressar, devia cortar-se um fio de linha vermelha em pequenos pedaços e dá-los a beber em vinho à parturiente.
Chamava-se então a parteira, afinal, na maioria dos casos, apenas uma simples aparadeira de quem se esperava pouco mais do que aparar o bebé para que não caísse no chão, cortasse e atasse a embímia e desse o primeiro banho ao recém- nascido.
Outra preocupação era a de, antecipadamente, pedir emprestado o banco parideiro, quando alguém na aldeia possuía um que pudesse ser utilizado uma vez mais.
Tratava-se de um pequeno banco, estreito, por razões óbvias, com duas asas fortes para resistirem à força de braços da parturiente na hora da expulsão.