Nº de inventário: 9227;
Comprimento 56,9cm;
Largura 7,8cm (parte mais larga
A gravata tem uma longa história que vem dos tempos em que os soldados chineses (século III a. C.) por razões não bem apuradas, usavam tecidos atados em volta do pescoço. Outro tanto se encontrou em estátuas de coevos soldados romanos. Só após mil e quinhentos anos foi possível reencontrá-la a partir do tempo da guerra dos trinta anos (1618/1638) em que os soldados croatas usavam um lenço em volta do pescoço, logo imitados pelos franceses que o acharam mais cómodo do que o seu cabeção engomado. Daí à difusão da gravata por todo o mundo, foi um passo curto. Com o andar dos séculos teve vários formatos até se vir a fixar no que hoje tem.
O uso de gravata, a única peça inútil do traje masculino, pelas cores, pelos tecidos, pelos desenhos e pela forma e tamanho do nó reflete muito da personalidade de quem a usa.
Antigamente, no tempo em que, para as classes mais abastadas o seu uso era obrigatório em cerimónias e circunstâncias especiais, o sentido de economia obrigava a que a gravata, como as camisas, fosse lavada quando necessário. Passá-la a ferro era o passo seguinte. Mas a sua elegância impunha que não fosse vincada nos seus bordos exteriores. Dada a sua pequena largura, não havia ferro que pudesse fazer adequadamente esse trabalho.
Por isso, se inventou esta tábua, usada pelo menos durante a primeira metade do séc. XX. As gravatas fabricadas sem pontos de costura no seu interior (ao contrário das de hoje) permitiam que esta tábua se lhes enfiasse, garantindo com o seu volume que, depois de passadas, não apresentassem os indesejados vincos laterais.