N.º de inventário: 8735.
Comp: 12,84 cm; larg: 11,45 cm; alt: 6 cm.
Diâmetro da boca: 9,5 cm.
De longa data a barba foi marca dos homens, principalmente dos de superior condição económica e social.
Protege do calor no verão e do frio no inverno dada a caraterística não condutora dos pelos. Diminui o tempo necessário para a higiene diária e dá, por norma, uma importância muito particular a quem a usa. Ter barba na cara sempre foi sinónimo de honradez; ficou para a História o procedimento de D. João de Castro, 4.º vice-rei da Índia que, empenhando as barbas, obteve da câmara de Goa o empréstimo necessário para as obras de reconstrução das muralhas da fortaleza de Dio que haviam ficado em ruínas após dois terríveis cercos postos pelo rei de Cambaia.
Ora, o uso de barbas e, sobretudo, de bigode, transporta algumas dificuldades para comer, mas principalmente para beber. Quando cresce demasiado, lava-se no copo ou na chávena, o que não deverá ser muito agradável.
Sempre atentos às necessidades dos consumidores, os melhores fabricantes de louça criaram, já nos princípios do século XX, se não antes, uma chávena a que talvez também pudéssemos chamar um “copo” capaz de impedir o banho do bigode no líquido que se pretende beber.
Pela sua raridade, o nosso museu guarda este exemplar com muito carinho e o maior interesse. Foi usado por um viseense de bigode.